terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Vídeo da entrevista coletiva com Camilo Aggio, mestre em Comunicação pela UFBA e especialista em Marketing eleitoral.


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Trabalho produzido pelos alunos: Anderson Ferreira, Paula Pereira, Luciana Oliveira, Daniela Viana, Rosy Lima, Ismar Gotado e Pedro Passos, a partir da entrevista coletiva com Camilo Aggio (UFBA)

Eleições em época de palanque digital
Especilista em comunicação e política revela os caminhos do marketing eleitoral
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjDi4hRLUWpIzBbvNrrnlLjkLRN4qGM6RmAFGJVOgYtcPGjZNtYWwAoYqKKNTQkr-RUkeDETblCxJl7BnBeLs49nZpG4Vz8xn_6GS3t7gCVJyQpxecANVucrFwLt2NEMIRmc2w_fToq7s/s1600/camilo.jpg
Camilo Aggio

      Facebook, twitter, orkut, youtube e outros nomes bem conhecidos entre os internautas brasileiros transformaram-se em sensação nas últimas eleições. Com uma legislação eleitoral que deu mais liberdade para o uso da internet, as campanhas usaram e abusaram das ferramentas virtuais na tentativa de seduzir os eleitores.
      Com o objetivo de entender melhor o assunto, a turma do segundo semestre de jornalismo da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia recebeu o mestre em comunicação e profissional do Marketing eleitoral, Camilo Aggio, numa entrevista coletiva, dia 21 de agosto.
       Segundo dados da internet Word Stats, o Brasil possui a maior população de internautas da América Latina e a quinta maior do mundo. São 72 milhões de brasileiros na rede mundial. Além disso, o país já ocupa o 2º lugar no ranking de twiteiros, com mais de 10 milhões de contas. Esses números impressionantes tendem a continuar expandindo.
        Com um terreno tão fértil as campanhas não poderiam deixar de usar esses espaços no trabalho de convencimento e conquista de votos. Para Camilo, o uso da internet só traz benefícios para os cidadãos, que podem ter acesso a volume maior de informações sobre os candidatos. Segundo ele, até 2008, era legalmente permitida somente a utilização de websites.
         Já esse ano com mais liberdade, candidatos com orçamento pequeno e espaço reduzido no horário eleitoral gratuito, conseguiram visibilidade a partir da internet. Esses fenômenos, conforme Aggio, forçaram uma mudança na postura dos grandes veículos de comunicação, que passaram a cobrir também essas campanhas.
         Mas, se por um lado a internet facilita e amplia a divulgação dos candidatos e suas propostas, ela também guarda desafios e armadilhas. Para Camilo Aggio, todo cuidado é pouco. Conhecer as possibilidades da rede, como funcionam as ferramentas, preparar os conteúdos com acuidade e veicular sempre informações verdadeiras são alguns conselhos do profissional. Para isso ele ainda reforça o papel das assessorias de comunicação, estruturas capazes de formatar estratégias específicas para a internet.
Gênero Interpretativo

          Tem a função de ampliar a informação dada pela notícia, recuperando sua historicidade e impactos provocados na sociedade. Luis Beltrão o chama de reportagem em profundidade.
Outros Gêneros Opinativos:
Caricatura
Imagem de opinião em forma satírica ou humorística, por meio da qual a opinião se manifesta de forma explícita.
JORGE, Thais de Mendonça. Manual do foca - guia de sobrevivência para jornalistas. São Paulo; Editora Contexto, 2008.















Charge
 É uma ilustração cômica que satiriza de forma satírica os acontecimentos sociais e políticos.
Reinaldo Ferreira, chargista.




Fotografia
O fotógrafo expressa o seu olhar sobre o mundo.


Um exemplo de fotografia jornalística: Migrant Mother, de Dorothea Lange (1936).

domingo, 12 de dezembro de 2010

O que são as Cartas dos leitores?

         Na maioria dos jornais e revistas, há uma seção destinada às cartas do leitor. Ela é o espaço para o leitor elogiar ou criticar uma matéria publicada, ou fazer sugestões.
            Os comentários podem referir-se às idéias de um texto, com os quais o leitor concorda ou não; a maneira como o assunto foi abordado; ou à qualidade do texto em si.
            É possível fazer alusão a outras cartas de leitores, para concordar ou não com o ponto de vista expresso nelas.
Curso de apoio em redação. www.passeiweb.com


Exemplo de carta aos leitores, extraído do jornal O Globo e enviado pelo leitor Marcos de Luca Rothen, de Niterói, RJ:
Limites ao fumo
"Países desenvolvidos estão tentando limitar o fumo até no meio da rua, pois isso afeta os não fumantes. Mas no Rio de Janeiro nem as leis que proíbem o fumo em Shopping centers e supermercados (até nas seções de hortifruti) são respeitadas, obrigando quem não fuma ao convívio com essa poluição. Parte da responsabilidade da desobediência deve ser creditada aos donos dos estabelecimentos, que não orientam clientes e funcionários.
O que é uma Crônica?

            É um dos mais antigos gêneros jornalísticos. No Brasil a crônica ganhou difusão a partir do Romantismo, com o desenvolvimento da imprensa.
            O registro mais antigo de crônica escrita em nosso país é a Carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal, relatando a descoberta do Brasil.
            É uma crônica no melhor dos estilos de testemunha ocular da história. Caminha ao escrevê-la, respeitou as técnicas da cronologia, com datas e horários, descrevendo passo a passo os acontecimentos. Por outro lado, ao mesmo tempo fez comentários, aconselhou, sugeriu, criticou.
            Essa mistura de assuntos ou posições assumidas pelo cronista é bem típica de uma vertente da crônica atual. No Brasil, tivemos grandes figuras desse tipo de crônica, como: João do Rio, Álvaro Moreyra. E mais atualmente, Rubem Braga, Fernando Sabino, Carlos Heitor Cony, Nelson Rodrigues, Luís Fernando Veríssimo.
            A crônica, a princípio, chamava-se folhetim, que era um artigo de rodapé escrito a propósito de assuntos do dia, fossem sociais, políticos, artísticos e literários. Com o passar do tempo, foi tornando um texto mais curto e se afastando da finalidade de informar e comentar, substituída pela intenção de apresentar os fatos do cotidiano de forma artística e pessoal. Sua linguagem tornou-se mais poética, ao mesmo tempo, ganhou gratuidade, em razão da ausência de vínculos com interesses práticos e com informações nas demais partes de um jornal.
            A crônica é um gênero que oscila entre a literatura e o jornalismo. É o resultado da visão subjetiva do cronista ante a um fato qualquer, colhido no noticiário do jornal ou no cotidiano. Quase sempre explora o humor; às vezes, diz as coisas mais sérias por meio de uma aparente conversa fiada; outras vezes, despretensiosamente, faz poesia da coisa mais banal e insignificante.
            Normalmente é um texto curto, geralmente, escrito para um jornal ou revista. É redigido em uma linguagem descontraída, coloquial, simples, muito próxima ao leitor.
            A crônica apresenta poucas personagens e se inicia quando os fatos principais da narrativa estão por acontecer. Por essa razão, os espaços e o tempo da crônica são limitados: as ações ocorrem em um único espaço e o tempo não dura mais do que algumas horas. Pode ser escrita em 1ª ou 3ª pessoa. Isto é, o narrador pode participar dos fatos e refletir sobre eles como personagem ou ser observador daquilo que narra ou comenta. Há crônicas em que o narrador se ausenta: neste caso, todo o texto se estrutura no discurso direto de duas ou mais personagens.
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Classificação
1. Quanto a natureza do tema:
  • Crônica geral ou coluna, seção;
  • Crônica local ou de cidade;
  • Crônica especializada ou comentário.
2. Quanto ao tratamento dado ao tema:
  • Analítica;
  • Sentimental;
  • Satírico-humorístico.
Exemplo de crônica:
A crônica publicada abaixo tem como tema o relógio antigo da casa onde morou Rubem Braga, em Cachoeiro do Itapemirim, e que foi roubado recentemente da Casa dos Braga, museu mantido pela prefeitura local.
                                 
Conta-se na família que, quando meu pai comprou a nossa casa de Cachoeiro, esse relógio já estava na parede da sala; e que o vendedor o deixou lá, porque naquele tempo não ficava bem levar.
Hoje, meu Deus, carregam até uma lâmpada de 60 velas, até o bocal da lâmpada, e deixam aquele fio solto no ar.
Há poucas anos trouxe o relógio para minha casa de Ipanema. Mais velho do que eu, não é de admirar que ele tresande um pouco. Há uma corda para fazer andar os ponteiros, outra para fazer bater as horas. A primeira é forte, e faz o relógio se adiantar: de vez em quando alguém me chama a atenção, dizendo que o relógio está adiantado quinze ou vinte, minutos, e eu digo que é a hora de Cachoeiro. Em matéria de som vamos muito mais adiante. É comum o relógio marcar, digamos, duas e meia, e bater solenemente nove horas. "Esse relógio não diz coisa com coisa", comenta um, amigo severo. Explico que é uma pequena disfunção audiovisual.
Na verdade essa defasagem não me aborrece nada; há muito desanimei de querer as coisas deste mundo todas certinhas, e prefiro deixar que o velho relógio badale a seu bel-prazer. Sua batida e suave, como costumam ser a desses Ansonias antigos; e esse som me carrega para as noites mais antigas da infância. As vezes tenha a ilusão de ouvir, no fundo, o murmúrio distante e querido do Itapemirim.
Que outros sons me chegam da infância? Um cacarejar sonolento de galinhas numa tarde de verão; um canto de cambaxirra, o ranger e o baque de uma porteira na fazenda, um tropel de cavalos que vinha vindo e depois ia indo no fundo da noite. E o som distante dos bailes do Centro Operária, com um trombone de vara ou um pistom perdidos na madrugada.
Sim, sou um amante da música, ainda que desprezado e infeliz. Sou desafinado, desentoado, um amigo diz que tenho orelha de pau. Outro dia fiquei perplexo ouvindo uma discussão de jovens sobre um som que eu achava perfeito e eles acusavam de flutter, wow, rumble, hiss e outros males estranhos.
Meu amigo Mario Cabral dizia que queria morrer ouvindo Jesus, Alegria dos Homens; nunca soube se lhe fizeram a vontade. A mim, um lento ranger de porteira e seu baque final, como na fazenda do Frade, já me bastam. Ou então a batida desse velho relógio, que marcou a morte de meu pai e, vinte anos depois, a de minha mãe; e que eu morra às quatro e quarenta toda manhã, com ele marcando cinco e batendo onze, não faz mal; até é capaz de me cair bem.

                                                                           Abril, 1977

O que é Artigo?
             Segundo Thais de Mendonça Jorge no livro Manual do Foca, o artigo é um texto opinativo, redigido a partir de análises, observações e idéias, sem fazer necessariamente investigação jornalística de campo. É publicado com assinatura e depende de critérios editoriais. Existem articukistas fixos, contratados ou convidados pelo veículo, e leitores que oferecem colaboração.
JORGE, Thais de Mendonça. Manual do foca - guia de sobrevivência para jornalistas. São Paulo; Editora Contexto, 2008.
            De acordo com o senso comum, artigo é todo texto divulgado na imprensa. Para as instituições jornalísticas, é um gênero específico, uma forma de expressão verbal. Trata-se de uma matéria jornalística onde alguém (jornalista ou não) desenvolve uma idéia e apresenta sua opinião.
            Os artigos são produzidos por:
1)      articulista: pessoa especializada em determinadas área (economia, política, etc.)
2)      Comentarista: esporte, cultura, etc.
3)      Cronista
4)      Crítica especializada
5)      Colaboradores convidados
No livro Gêneros Periodísticos, Martín Vivaldi Gonzalo diz que dois elementos são específicos ao artigo jornalístico:
·        Atualidade – o articulista tem liberdade de conteúdo e de forma, mas ele deve tratar do fato ou idéia da atualidade, coadunando-se com o espírito do jornal.
·        Opinião – a significação maior do gênero está contida no ponto e vista que alguém expõe. A opinião ali emitida vincula-se a assinatura do autor; o leitor a procura exatamente para saber como o articulista (geralmente personalidade destacada) pensa e reage diante da cena atual.

Estrutura do artigo
A estrutura do artigo é idêntica à do editorial. Compõe-se dos seguintes elementos:
  • TÍTULO: poucas palavras, incisivo, expressando a linha ideológica adotada.
  • INTRODUÇÃO: formulação da notícia ou idéia que deu origem à notícia.
  • CORPO: formado por blocos feitos de retângulos, cada um deles autônomo, isto é, contendo lead, desenvolvimento e conclusão.
O corpo é o local em que se dá a discussão ou argumentação: interpretação, análise, debate dos diferentes aspectos do tema. Consiste em:
- expressar as implicações, confrontar o tema com outros semelhantes, manipulá-lo, desintegrá-lo;
- pensar não só como o editor, mas também como pensariam seus opositores;
- antecipar-se às críticas e destruir previamente as objeções que se fariam à opinião expressa.
Estilística
Para compor o artigo, seu autor dispõe de tempo suficiente para trabalhar bem o texto. Portanto, do autor exigem-se alguns dotes, como o “talento crítico e expositivo..., que não incorra nos vícios estilísticos, notadamente no lugar-comum ou na redundância...”. O texto deve ter estilo com as seguintes características:
6.1 TOPICALIDADE: Debater um único tema. Exprimir não só a opinião sedimentada, quanto aquela que está em formação.
6.2 CONDENSABILIDADE: Tratar uma idéia única central. O texto é curto. A linguagem, simples, direta, incisiva, cortante, enérgica e convincente. A marca dessa característica acha-se no espaço destinado ao texto, na fonte empregada, e na redação. Em relação a esta última: a) maior ênfase nas afirmações do que nas demonstrações; b) repetição regulada de idéias e conceitos, ou seja, a redundância deve ser relativa e subordinada sempre à existência de fatos novos. (BELTRÃO, L. 1980, p.54)
6.3 Há outras características – básicas –, fundamentais, portanto, a qualquer texto:
- Pontuação correta: é fundamental para aumentar o nível de compreensibilidade.
- Circunstâncias: uso de conjunções, preposições, advérbios, de modo adequado. Isso significa o uso de linguagem que bem caracteriza os enfoques, as circunstâncias: de causa-efeito, contraste, tempo-espaço, explicitação, enumeração, condição, etc. O emprego desses elementos sintáticos, porém, não deve ser excessivo.  Uma regra básica para evitar o excesso é o emprego equilibrado entre a coordenação e a subordinação. 
BELTRÃO, Luiz. Jornalismo opinativo. Porto Alegre: Sulina, 1980. p.64-66

Janio de Freitas parte do pressuposto de que “nunca se escreve para todos os leitores, senão para um público pré-determinado, cujo nível já se conhece antecipadamente”. Por isso, dá a seguinte receita para a estrutura e o estilo do artigo:
a) ROTEIRO: Conter um roteiro de pensamento segundo a cabeça do leitor e não de acordo com o raciocínio do redator, de modo a conduzir o leitor à compreensão progressiva e entrosada das idéias. Este, segundo Janio, é o único meio de compreender o todo;
b)  CLAREZA: Significa não conter “palavras e frases muito empoladas, muito pretensiosas”, retiradas do “sociologuês” e do “economês”, que são “termos e expressões inalcançáveis pelo leitor”. Isto não significa, porém, vocabulário pobre;
c)  CONCISÃO: Consiste na limpeza do texto: expor mais idéias com menos palavras, com parágrafos curtos e textos pequenos. Não reduzir em demasia, porém, os parágrafos.
A concisão relaciona-se tanto com a clareza e a objetividade quanto com a estética: quando o leitor vê texto muito longo, evita-o.
Janio de Freitas conclui, admoestando: “Ao ser claro, não seja primário. Ao ser conciso, não seja telegráfico”.
  FREITAS, Janio de. A Busca do texto ideal. In Revista de Comunicação, Ano 1, No. 2, p.14-15.

Exemplo de um artigo jornalístico:
Por Airton Luiz Mendonça 
(Parte do Artigo do jornal 'Estado de São Paulo')


O Cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. 
Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo. 
Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. 
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol. 
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: 
Nosso cérebro é extremamente otimizado. 
Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. 
Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. 
Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar 
Conscientemente tal quantidade. 
Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no indice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. 
É QUANDO VOCÊ SE SENTE MAIS VIVO. 
Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e apagando' as experiências duplicadas. Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente. 
Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. 
Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo. Como acontece? 

Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência). 
Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa... São apagados de sua noção de passagem do tempo... 

Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida. 

Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir, as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... Enfim... As experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. 

Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que vivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década. 
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... ROTINA 

Não me entenda mal. 

A rotina é essencial para a vida ela otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos. 

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M e M (Mude e Marque). 

Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos. 

Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar Quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas. 

Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia). 

Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais. 
Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, FAÇA DIFERENTE. 
Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes. 

Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes. SEJA DIFERENTE. 

Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos..... Em outras palavras...... V-I-V-A. !!! 

Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo. 

E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí. 

Cerque-se de Amigos. 

Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes. 
Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é? 

Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida. 

E s CR E VA em 
tAmaNhos diFeRenTes e em CorES
di f E rEn tEs ! 

CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVETE..... 
V I V A !!!!!!!!

sábado, 11 de dezembro de 2010

O que é Editorial?

É o gênero jornalístico que expressa a opinião oficial da empresa diante dos fatos de maior repercussão no momento, sejam eles, nacional ou internacional. Jornais e revistas dispõem de uma seção em que se publicam os editoriais, geralmente as páginas 2 ou 3.
O assunto abordado, quase sempre polêmico, pode apresentar caráter político, social, cultual ou econômico e tem, via de regra, grande repercussão perante o público.
O texto, geralmente, apresenta estes elementos:
·        Título: para atrair a atenção do leitor;
·        Introdução: o assunto é identificado, ou seja, apresenta-se a idéia núcleo;
·        Desenvolvimento: analisa a questão por meio de dados estatísticos, citações, exemplos, comparações, depoimentos.
·        Conclusão: o autor sugere soluções para o problema ou, fazendo uma síntese do que foi discutido, levando o leitor a refletir.
O editorial costuma ser curto, conciso e não é assinado, o que ressalta o fato de o ponto de vista ser da empresa.
Usa-se linguagem clara, objetiva e impessoal, e variedade de vocabulário no padrão formal da língua.
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Classificação de editoriais
1) Morfologia:

  • Artigo de fundo (aparece em acontecimentos maiores)
  • Suelto (é mais um comentário do que um editorial)
  • Nota opinativa
2) Topicalidade
  • Preventivo (previne a população)
  • De ação (convoca as pessoas a agirem)
  • De conseqüência (análise de algo que aconteceu e o que pode provocar)

3) Conteúdo
  • Informativo (esclarece o leitor sobre algum acontecimento)
  • Normativo (como o leitor deve agir, segundo o pensamento do jornal)
  • Ilustrativo (situa o leitor em um determinado acontecimento)
4) Estilo
  • Intelectual (apela para a inteligência do leitor, leva-o a pensar, a refletir sobre determinado acontecimento (razão)).
  • Emocional (apela para as emoções do leitor)
5) Natureza
  • Promocional
  • Circunstancial
  • Polêmico
Exemplo de um editorial:
Dificilmente a Câmara dos Deputados conseguirá aprovar a curto prazo a Lei de Biossegurança que precisa votar por ter sido modificada no Senado.

É muito longa a pauta de projetos à espera de apreciação: além de outras importantes leis, há projetos de emendas constitucionais e uma série de medidas provisórias, que trancam a pauta.

Mas, com tudo isso, é importante que os deputados tenham consciência da necessidade de conceder aos cientistas brasileiros, o mais rapidamente possível, a liberdade de que eles necessitam para desenvolver pesquisas na área das células-tronco embrionárias.

Embora seja este um novo campo de investigação, já está fazendo surgir aplicações práticas concretas, que demonstram seu potencial curativo fantasticamente promissor.

Não é por outro motivo que os eleitores da Califórnia aprovaram a emenda 71, que destina US$ 3 bilhões às pesquisas com células-tronco, causa defendida com veemência por seu governador, o mais do que conservador Arnold Schwarzenegger.

O caso chama a atenção porque o ex-ator, ao contrário de outros republicanos (como Ron Reagan, cujo pai sofria do mal de Alzheimer), não tem interesse pessoal no desenvolvimento de tratamentos médicos para doenças degenerativas hoje incuráveis.

Apenas o convívio com pessoas como o recentemente falecido Christopher Reeve, que ficou tetraplégico após um acidente, ou Michael J. Fox, que sofre do mal de Parkinson, parece ter sido suficiente para convencer Schwarzenegger de que é fundamental apoiar a pesquisa.

O projeto que retornou do Senado ainda inclui graves restrições à ciência, como a limitação das pesquisas às células de embriões congelados há pelo menos três anos nas clínicas de fertilização — embriões descartados que, com qualquer tempo de congelamento, vão acabar no lixo.

Também algum dia será preciso admitir a clonagem com fins terapêuticos, hoje vedada, e que é particularmente promissora.

Ainda assim, comparado com o projeto proibitivo que veio originalmente da Câmara, o novo texto da Lei de Biossegurança é um importante passo à frente. Merece ser apreciado com rapidez e aprovado pelos deputados.
(O Globo, 5/11)
Gênero Opinativo

Os textos desse gênero tem a função de dividir opiniões. Tem objetivo persuasivo.
Em seu livro Jornalismo Opinativo, o professor José Marques de Melo aponta a existência de quatro núcleos emissores de opinião no jornalismo brasileiro: opinião da emprersa (editorial), opinião do jornalista (comentário, resenha, crônica, artigo), opinião do colaborador (artigo) e opinião do leitor (carta).
MARQUES DE MELO, José. Jornalismo Opinativo, Campos do Jordão, Editora Mantiqueira, 2003.

Veja, nas próximas postagens, cada um desses tipos de gêneros opinativos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Em reta final de campanha, Dilma faz comício em Vitória da Conquista.

Por Anderson Ferreira

                               Empurra-empurra, Dilma e a imprensa
Foto: http://www.blogdoanderson.com/

Dilma Rousseff cumpriu agenda de campanha nesta terça-feira, 26, em Vitória da Conquista. A candidata do PT à presidência chegou à cidade por volta das oito e meia da noite e participou de um comício na praça Barão do Rio Branco, onde foi recebida por uma multidão de pessoas e por políticos aliados no estado, dentre eles o governador reeleito Jacques Vagner (PT), os senadores eleitos Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB), além do prefeito de Vitória da Conquista, Guilherme Menezes (PT).
Dilma veio a Vitória da Conquista a pedido do governador Wagner. A maior cidade do sudoeste da Bahia foi um dos dois municípios baianos em que a candidata do PT perdeu no primeiro turno, com uma pequena diferença, para o seu principal adversário, José Serra (PSDB).
Em seu discurso, Dilma declarou estar emocionada por mais uma vez voltar à Bahia, onde venceria em primeiro turno, pela votação expressiva que obteve. A candidata falou dos projetos desenvolvidos pelo Governo Lula, como o Luz para Todos. “Quando nós levamos a luz elétrica para milhões de famílias no Brasil inteiro, elas tiveram uma oportunidade na vida”. E do Prouni: “Nosso compromisso é trazer universidades e escolas técnicas. Não é o prédio que importa, é a oportunidade que muitas pessoas têm e que agarram com as suas mãos. O Prouni é a diferença”, afirmou Rousseff.
Com uma curta frase a ministra discorreu sobre a sua proposta para a saúde pública brasileira. “Eu vou devolver para o Brasil isso que o país me deu, vou ser médica do Sistema Único de Saúde”.
A candidata disse ainda que aumentará o número de empregos formais no país. “O meu compromisso é aumentar o número de empregos e trabalhos para todos os brasileiros, trabalho capacitado, trabalho que remunere e que pague bem”.
Dilma disse que, se eleita, dará aos jovens uma educação de qualidade e ao professor um salário digno e uma formação qualificada. Falou também que pretende tirar os 21 milhões de brasileiros que ainda encontram-se em situação de pobreza absoluta.
No final do ato público, a candidata pediu o voto dos eleitores. Na saída, Dilma não falou com a imprensa, mas recebeu o carinho de simpatizantes e políticos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Veja um exemplo de entrevista:

 “Lula é um mito, mas mitos e muros são derrubados “, diz Itamar Franco

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

 
Ex-presidente Itamar Franco

Um dos articuladores do voto “Lulécio” em 2002, a favor do petista Lula para a Presidência e do tucano Aécio Neves para o governo de Minas, o ex-presidente da República Itamar Franco (1992-1994) agora critica duramente Luiz Inácio Lula da Silva e diz que ele tem de parar de falar “nunca antes neste país”: “O Lula não é dono do Brasil e não inventou o Brasil”.
Segundo ele, “Lula não é democrata”: “Um presidente que vai a Minas dizer que não pode ter um senador de oposição, que zomba da imprensa, que zomba da Constituição, não é democrata.”
Ex-senador (1975-1990), Itamar, 80, volta à Casa pelo PPS com a língua afiada. Ao lembrar de Getúlio Vargas, diz que “Lula tornou-se um mito, mas mitos e muros também são derrubados”.

Folha – Por que Serra e não Dilma?
Itamar Franco -
Porque ela tem um discurso monotemático. Se fosse uma estudante, seria uma aluna boa para decorar as lições, não para fazer cálculos. Ela vem com um discurso preparadinho que o presidente ensinou. Já o Serra tem pensamento próprio. Mas, se não mudar o discurso, vai perder.

Mudar em quê?
Tem de parar de elogiar ou de ser condescendente com o Lula. Imagine o cidadão que está em casa ouvindo isso: “Puxa, se o candidato da oposição elogia tanto o presidente, para que mudar?”

E o argumento que Lula tem 80% de popularidade e não dá para bater nesse muro?
Ele tornou-se um mito, mas mitos e muros também são derrubados.
Não foi o sr. que criou o voto “Lulécio” de 2002?
Procurado pelo Zé Dirceu, desisti da disputa e apoiei o Aécio para o governo e o Lula para presidente. Daí surgiu o voto Lula-Aécio.

O que aconteceu depois?
Sabe o que o Lula fez em 2006? Foi na minha terra, levou todo mundo e subiu no palanque até com o Celso Amorim, que também foi meu chanceler, para falar mal de mim. Fiquei triste. Agora o Lula fez uma campanha muito violenta em Minas contra a gente de novo, uma campanha que raiou o imoral, agredia os princípios democráticos. Bem, um presidente que faz no Senado o que ele faz, que nem presidente militar fez…

O que foi imoral?
Teve nove pessoas presas, distribuindo santinhos apócrifos com as maiores aleivosias contra nós. Saíam de onde? De um comitê do PT.

Se Aécio, Anastasia e o sr. foram eleitos, por que o Serra perdeu em Minas?
Nós trabalhamos pelo Serra, mas ele não teve organização nenhuma em Minas.

E o PSDB mineiro?
Nós fazíamos um discurso afirmativo, falávamos o que o povo queria ouvir, e o povo mineiro gosta de pegar no candidato, gosta de alisar a gente, e nós atendíamos isso. Serra, não. E até nos debates ele perdeu boas chances de chutar em gol, como quando a Marina levantou uma bola para ele contra a Erenice e ele deixou passar. Foi falar em assunto técnico, oras!

O sr. votou mesmo no Serra?
Votei no Serra por causa da coligação, mas muitos amigos votaram na Marina Silva e queriam que eu ficasse com ela. Não fiquei.

Como vê o segundo turno?
Em toda a minha vida só vi um homem transferir maciçamente os votos do seu partido: Leonel Brizola para Lula, no segundo turno de 1989.
Então, não sabemos. Depende muito da Marina e dos votos dela, mas esse eleitorado é muito disperso e múltiplo.

A Dilma saiu com 14,3 pontos na frente. É possível virar?
Isso dá uns 13 milhões de votos e, mais um pouquinho, Serra chega lá. Possível é, e já vimos viradas duas vezes em Minas. Mas ele precisa ser mais afirmativo no campo social, econômico, político.

Como enfrentar Lula?
Ele tem de mostrar que o Lula não é dono do Brasil e não inventou o Brasil. Do jeito que as coisas vão, o Lula vai dizer que quem abriu os portos foi ele, não d. João 6º.
Tudo é ele, é ele. Por que não dizer o que o Real fez pelo país? Por que não dizer que o pãozinho custava um preço de manhã, outro preço à tarde, outro preço à noite?

Como está a sua relação com Fernando Henrique Cardoso?
Não está. Mas se eu defendo escondê-lo? Não defendo. Apesar das minhas desavenças com ele, acho um absurdo escondê-lo. Se não aparece, batem nele de qualquer jeito. Então ele deve aparecer, rebater, xingar.

Como o sr. imagina um Senado com três ex-presidentes?
Eu fico olhando o Sarney dizer que o melhor presidente que ele já teve foi o Lula, e penso: sim, senhor, hein, presidente Sarney?

E o Collor?
Prefiro falar da chuva.

Que Senado vai encontrar?
Um Senado subjugado pelo Executivo. A interferência do presidente é a todo instante, em tudo, até em questões internas. Uma das coisas mais sagradas do Congresso são as CPIs. Pois eu era de oposição e fui presidente da CPI das “polonetas” no governo Geisel e depois da CPI das diretas. E, agora, o presidente diz que não pode ser e não é. Onde já se viu isso? O Senado diz amém, amém.

Em 2011, a bancada lulista vai ser um rolo compressor. Como furar o bloqueio?
Fácil não é, mas não é impossível. A ditadura durou 20 anos, mas ela se tornou frágil e caiu. Hoje, se há essa ditadura que o PT quer impor ao país, se acha que só ele sabe o que é bom para o país, é preciso reagir. Quando o Lula diz que “nunca antes neste país”, eu penso: o que que é isso? Como é que o sr. Sarney aceita isso? Então, ninguém fez nada? Ao longo do processo, cada um de nós, o Sarney, eu, o Fernando Henrique, foi passando o bastão.

Com maioria lulista, é possível o Aécio presidir o Senado?
O Aécio hoje é a maior liderança nacional.

Mais do que o Lula?
Mais do que o Lula, porque o Aécio é democrata.

O Lula não é democrata?
Não, basta ver as ações dele todos os dias. Um presidente que vai a Minas dizer que não pode ter senador de oposição, que zomba da imprensa, que zomba da Constituição, não é democrata.

Qual sugestão o sr. daria a Lula para o pós-Presidência?
O Lula gostou do poder, mas ele vai ver o que é bom depois, quando deixar o poder. Não se pode acostumar com os palácios, os aviões, os helicópteros, com o sujeito que carrega a sua mala, porque isso não é o dia a dia do homem simples, que nós todos somos. O Lula deve saber que, um dia, tudo isso acaba. O poder não é eterno. Nós já tivemos no Brasil um grande presidente que era também o “pai dos pobres” e que depois foi derrubado, não é?


Fonte: www.folha.uol.com.br

A Entrevista Jornalística              
               
              Luiz Beltrão ("A Imprensa Informativa". São Paulo: Folco Masucci) define a entrevista como "a técnica de obter matérias de interesse  jornalístico por meio de perguntas e respostas".
            A entrevista é um dos instrumentos de pesquisa do repórter. Com os dados nela obtidos ele pode montar uma reportagem de texto corrido em que as declarações são citadas entre aspas ou pode montar um texto tipo perguntas e respostas, também chamado "pingue-pongue".
            Segundo Luiz Amaral ("Técnicas de Jornal e Periódico". Rio: Tempo Brasileiro, 1987) podem-se distinguir dois tipos de entrevista: a de informação ou opinião (quando entrevistamos uma autoridade, um líder ou um especialista) e a de perfil (quando entrevistamos uma personalidade para mostrar como ela vive e não apenas para revelar opiniões ou para dar informações. Em ambos os casos há interesse do leitor e o jornalista será sempre um intermediário representando o seu leitor ( ou receptor ) diante do entrevistado. Na primeira situação, quando se trata de divulgar informações e opiniões, mesmo para produzir uma simples nota, é conveniente e necessário o jornalista repercutir o material com outras fontes envolvidas com o fato, checando a informação.

Fonte: Prof. Ms. Pedro Celso Campos.
http://webmail.faac.unesp.br/~pcampos/Tecnicas%20de%20Entrevista.htm