terça-feira, 31 de maio de 2011

Jornalismo Cívico: o receptor como cidadão, não como consumidor

Por Anderson Ferreira

            Apesar dos avanços e conquistas, o jornalismo do século XXI ainda pode ser comparado a uma grande empresa de negócios, cujo objetivo é vender notícias. Com isso, o receptor é colocado na condição de mero consumidor de informações. Assim, numa sociedade que se diz democrática, vemos surgir um jornalismo cada vez mais distante da democracia. Para contestar ou, até mesmo, conter essa tendência, estudiosos da comunicação tem proposto um jornalismo de caráter cívico, o qual dá voz e vez ao cidadão e discute, com ênfase, os problemas sociais.
            Desde que a democracia foi instaurada no Brasil, o jornalismo desempenhou, com exceção de alguns casos, um importante papel para que esse regime político fosse cumprido segundo as normas da lei. Os próprios jornalistas afirmam serem eles o cão de guarda da sociedade. No entanto, a função desse segmento, muitas vezes, tem se resumido as informações transmitidas ao receptor, as quais nem sempre são de interesse público. Neste caso, o leitor, ouvinte ou telespectador torna-se um mero espectador das mensagens midiáticas, já que nelas não podem intervir.
            Aliado ao que foi exposto, o jornalismo deste século tem trabalhado a partir do discurso e da agenda das elites, esquecendo-se do cidadão comum, por vezes, excluído da sociedade. Nas mãos de políticos e das mais abastadas famílias deste país, a grande mídia não fala a linguagem popular, não discute os direitos dos cidadãos, nem debate os problemas sociais. A notícia, muitas vezes, é distorcida para favorecer interesses particulares e políticos, e até mesmo, para estimular as vendas ou aumentar a audiência. Disse, certa vez, o escritor e renomado jornalista, Alberto Dines: “A sociedade é maior do que o mercado. O leitor não é consumidor, é cidadão. Jornalismo é serviço público, não é espetáculo”.
            Em suma, é preciso fazer um jornalismo diferente. A sociedade urge por essa necessidade. Com o advento da internet, tem surgido um jornalismo mais próximo do cidadão. Além disso, vale ressaltar a reforma gráfica e editorial no tradicional Jornal do Commércio, de Recife (PE), o qual tem mostrado que o leitor não quer ser mais um mero consumidor de informações, mas quer estar junto à redação. Não obstante, os jornalistas precisam perceber que muito mais que informar, é necessário formar cidadãos e, assim, devem contribuir para a construção de uma sociedade mais democrática, onde diversos discursos tenham lugar. O jornalismo cívico é a saída.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Uma infração contra a Lei de Deus

Por Anderson Ferreira

Mais uma vez vemos acontecer, no Brasil, o desrespeito à doutrina cristã e à instituição mais sagrada desta terra, a família. O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu nesta quinta-feira (05), por unanimidade, a união estável de homossexuais, o que garante aos mesmos os direitos semelhantes aos de pares heterossexuais, como pensões, aposentadorias e inclusão em planos de saúde. A decisão pode ainda facilitar a adoção.

A união de pessoas do mesmo sexo é condenada, com razão, pela igreja em todo o mundo, visto que a Bíblia Sagrada em Éfesios 5, 31 é bem clara ao dizer: "O homem deixará a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne". Portanto, a única união deixada por Deus deve se dar entre um homem e uma mulher.

O Catecismo da Igreja Católica, ao falar sobre a constituição da família, explica: "Ao criar o homem e a mulher, Deus instituiu a família humana e dotou-a de sua constituição fundamental". E completa: "Um homem e uma mulher unidos em casamento formam com seus filhos uma família".

Os favoráveis a lei apoiam-se no argumento de que o estado, sendo laico, não precisa ouvir a opinião de religiões. Verdade! O estado, realmente, é laico, mas precisa ouvir a opinião das religiões, porque estas transmitem aquilo que está escrito na Lei de Deus, ou seja, transmitem a verdade. E por ser tão laico, por não ouvir a Igreja, por não valorizar os princípios cristãos, por não defender a vida e a família, acima de tudo, é que a sociedade, o mundo vive à beira do abismo.

Além de não respeitar os princípios bíblicos, a lei que aprova a união homoafetiva é inconstitucional, pois a Constituição não reconhece a união de pessoas do mesmo sexo como uma entidade familiar. Para ser aprovada, antes teríamos que mudar a Constituinte.

Como cristãos digamos NÃO a nova lei.