sábado, 11 de dezembro de 2010

O que é Editorial?

É o gênero jornalístico que expressa a opinião oficial da empresa diante dos fatos de maior repercussão no momento, sejam eles, nacional ou internacional. Jornais e revistas dispõem de uma seção em que se publicam os editoriais, geralmente as páginas 2 ou 3.
O assunto abordado, quase sempre polêmico, pode apresentar caráter político, social, cultual ou econômico e tem, via de regra, grande repercussão perante o público.
O texto, geralmente, apresenta estes elementos:
·        Título: para atrair a atenção do leitor;
·        Introdução: o assunto é identificado, ou seja, apresenta-se a idéia núcleo;
·        Desenvolvimento: analisa a questão por meio de dados estatísticos, citações, exemplos, comparações, depoimentos.
·        Conclusão: o autor sugere soluções para o problema ou, fazendo uma síntese do que foi discutido, levando o leitor a refletir.
O editorial costuma ser curto, conciso e não é assinado, o que ressalta o fato de o ponto de vista ser da empresa.
Usa-se linguagem clara, objetiva e impessoal, e variedade de vocabulário no padrão formal da língua.
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Classificação de editoriais
1) Morfologia:

  • Artigo de fundo (aparece em acontecimentos maiores)
  • Suelto (é mais um comentário do que um editorial)
  • Nota opinativa
2) Topicalidade
  • Preventivo (previne a população)
  • De ação (convoca as pessoas a agirem)
  • De conseqüência (análise de algo que aconteceu e o que pode provocar)

3) Conteúdo
  • Informativo (esclarece o leitor sobre algum acontecimento)
  • Normativo (como o leitor deve agir, segundo o pensamento do jornal)
  • Ilustrativo (situa o leitor em um determinado acontecimento)
4) Estilo
  • Intelectual (apela para a inteligência do leitor, leva-o a pensar, a refletir sobre determinado acontecimento (razão)).
  • Emocional (apela para as emoções do leitor)
5) Natureza
  • Promocional
  • Circunstancial
  • Polêmico
Exemplo de um editorial:
Dificilmente a Câmara dos Deputados conseguirá aprovar a curto prazo a Lei de Biossegurança que precisa votar por ter sido modificada no Senado.

É muito longa a pauta de projetos à espera de apreciação: além de outras importantes leis, há projetos de emendas constitucionais e uma série de medidas provisórias, que trancam a pauta.

Mas, com tudo isso, é importante que os deputados tenham consciência da necessidade de conceder aos cientistas brasileiros, o mais rapidamente possível, a liberdade de que eles necessitam para desenvolver pesquisas na área das células-tronco embrionárias.

Embora seja este um novo campo de investigação, já está fazendo surgir aplicações práticas concretas, que demonstram seu potencial curativo fantasticamente promissor.

Não é por outro motivo que os eleitores da Califórnia aprovaram a emenda 71, que destina US$ 3 bilhões às pesquisas com células-tronco, causa defendida com veemência por seu governador, o mais do que conservador Arnold Schwarzenegger.

O caso chama a atenção porque o ex-ator, ao contrário de outros republicanos (como Ron Reagan, cujo pai sofria do mal de Alzheimer), não tem interesse pessoal no desenvolvimento de tratamentos médicos para doenças degenerativas hoje incuráveis.

Apenas o convívio com pessoas como o recentemente falecido Christopher Reeve, que ficou tetraplégico após um acidente, ou Michael J. Fox, que sofre do mal de Parkinson, parece ter sido suficiente para convencer Schwarzenegger de que é fundamental apoiar a pesquisa.

O projeto que retornou do Senado ainda inclui graves restrições à ciência, como a limitação das pesquisas às células de embriões congelados há pelo menos três anos nas clínicas de fertilização — embriões descartados que, com qualquer tempo de congelamento, vão acabar no lixo.

Também algum dia será preciso admitir a clonagem com fins terapêuticos, hoje vedada, e que é particularmente promissora.

Ainda assim, comparado com o projeto proibitivo que veio originalmente da Câmara, o novo texto da Lei de Biossegurança é um importante passo à frente. Merece ser apreciado com rapidez e aprovado pelos deputados.
(O Globo, 5/11)

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